segunda-feira, fevereiro 17, 2020




SEM NOME

Enquanto a noite cresce
Longa e solitária,
Eu procuro, em vão,
As palavras certas,
Que possam dizer-te
O que me vai no coração,
Pois é lá que a verdade habita,
Para além do tempo e da desdita.

Procuro, mas nada encontro.
Apenas o teu nome,
Guardado na memória,
Me grita no escuro,
Rasgando o silêncio
E cantando vitória.

Mas as palavras que buscava,
Afinal estão mortas,
Esmagadas pelo esquecimento
E pela longa caminhada
E o poema, sem nome, nem estrofes,
Morre também,
Sem esperar que rompa a madrugada.

Imagem da net

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