Num canto perdido em mim
Guardo os beijos que ensaiei
Nas noites quietas, sem fim
E as palavras que inventei
E te queria dizer
Numa manhã de esperança,
Cheirando ao pólen das flores.
Mas à tua porta fechada
Foram perdendo o esplendor,
O viço, a alma e a cor.
Morreram sem dizer nada
Os ecos do meu passado,
Porque a manhã perfumada
Não chegou a acontecer.
Foto encontrada na net