As palavras que te envio são interditasAs palavras que te envio são interditas
até, meu amor, pelo halo das searas;
se alguma regressasse, nem já reconhecia
o teu nome nas suas curvas claras.
Dói-me esta água, este ar que se respira,
dói-me esta solidão de pedra escura,
estas mãos nocturnas onde aperto
os meus dias quebrados na cintura.
E a noite cresce apaixonadamente.
Nas suas margens nuas, desoladas,
cada homem tem apenas para dar
um horizonte de cidades bombardeadas.
Eugénio de Andrade
Imagem da net
15 comentários:
Tantas vezes sentimos que as palavras não cumprem o seu destino.
Quantas vezes vão e regressam vazias de sentido.
Talvez por isso as vamos repetindo na esperança de que cheguem e voltem completas.
Beijos
Ana
Para que a dôr não doa mais:
"Acontece Magia na AgroExpo"
Até domingo.
Um abraço forte.
Olá Querida Amiga Baby!
Li o poema que compõe a tua postagem. É bom que continues a presentear os Amigos com poemas de autores muito importantes.
A tua escolha, como de costume, evidencia o teu temperamento marcadamente romântico, que eu muito aprecio.
Envio-te um beijinho e muitas Felicidades.
Noribal
Palavras interditas que se enviam e não regressam. A solidão e a noite que nos envolve.
Um dos mais belos poemas de Eugénio de Andrade. E tão triste!
Um beijo, Baby.
Lindo este poema de Eugenio de Andrade, descreve perfeitamente alguns momentos...
beijo, ótimo final de semana
há palavras que não se diz
há palabras que se dizem
há palavras que só se deviam dizer una vez...
hay palabras que valen por mil gestos
hay palabras interditas...
só há palavras que deram o inicio e darão o fim...
abrazo serrano com pepitas
Não conhecia este poema.
Foi uma excelente escolha que fizeste querida amiga, obrigado pela partilha.
Bom Domingo, beijo.
QUERIDA AMIGA
Voltaste aos posts, com belas poesias de poetas bem conhecidos.
Obrigado pela partilha.
Venho desafiar-te a espreitar os meus blogues;
num deles há um "Enigma" para decifrar
e
no outro, "Momentos Perfeitos" da viagem de cruzeiro.
Beijos.
Fica bem.
Obrigado pela visirta e comentário a propósito do 5. aniversário do Nothingandall. Gosto muito deste poema de Eugénio de Andrade, um grande poeta que com Pessoa e Torga são os meus autores preferidos. Juntei o Barlavento ao meu blogroll. Um bom fim de semana com flores, sorrisos e ...poesia.
0LÁ, CARÍISIMA|
São quase 4 da matina e estou num bar a beber copos.
Mesmo assim Eugénio de Andrade é sempre ele mesmo.
dado o adiantado da hora, amanhã já não vou à praia.
E dizem que a água está quente, como eu gosto!
mas é sempre a mesma festa: sou realmente um animal nocturno!
Daqui envio muito beijinhosss
Prefiro horizontes de cidades mesmo que bombardeadas a viver entre montanhas, onde não posso desfrutar de todo o espetáculo de um nascente, um poente ou simplesmente um céu sem névoas entre mim e as estrelas.
Poema e imagem fantásticos.
Oi Baby! Como vai?
Hoje passo rápdamente, para agradecer pelo seu carinho, e também lhe dizer que as férias, as das emoções, terminaram... Agora já posso voltar às postagem e retomar nossa bonita amizade!
TENHA UM LINDO FINAL DE SEMNANA!
BEIJOS
CONVITE:
Estive 5 dias isolada do mundo, num encontro espiritual comigo mesma, num monte alentejano e, por isso tenho que muito rapidamente divulgar a minha próxima exposição de fotografia.
Desta vez será no “Norte” a pedido de várias pessoas, em Fevereiro passado, quando foi a minha 1ª exposição individual aqui próximo de Lisboa, na margem sul.
Como gosto de desafios, houve “alguém” que me desafiou e disse que colaborava, nem pensei 2 vezes e decidi tratar do assunto em Abril passado.
Chegou Setembro e será a minha rentrée cultural.
Fica o convite para quem vive perto e noutros casos, em que a distância impossibilita a presença de tantos bloggers, fica a participação do evento.
Venho reforçar que teria todo o gosto em que estivesses presente na minha rentrée.
Será muito próximo do Porto, em S. Mamede de Infesta.
Acabei de fazer a divulgação no meu blog.
Abraços, TULIPA
OLA BABY, BELÍSSIMO POEMA DE UM GRANDE ESCRITOR... ADOREI!!!
BEIJINHOS DE CARINHO,
SUSY
Enviar um comentário