terça-feira, janeiro 17, 2012

AS CORES DA VIDA

Eu quero que a vida seja 
sempre azul, verde a amarela.

Azul,
quando de manhã bem cedo
eu abro a minha janela.

Verde,
quando eu inspiro
e sinto o cheiro molhado da terra.

Amarela,
quando o sol se acende
e a vida canta vitória.

Foto encontrada na net.

terça-feira, janeiro 03, 2012

DIZ-ME O TEU NOME



Diz-me o teu nome - agora que perdi
quase tudo, um nome pode ser o princípio
de alguma coisa. Escreve-o na minha mão


com os teus dedos - como as poeiras se
escrevem, irrequietas, nos caminhos e os
lobos mancham o lençol de neve com os
sinais da sua fome. Sopra-mo ao ouvido,


como a levares as palavras de um livro para
dentro de outro - assim conquista o vento
o tímpano das grutas e entra o bafo do verão
na casa fria. E, antes de partires, pousa-o


nos meus lábios devagar: é um poema
açucarado que se derrete na boca e arde
como a primeira menta da infância.


Ninguém esquece um corpo que teve
nos braços um segundo - um nome sim.

Maria do Rosário Pedreira

Rosas

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