Busco-te
nas madrugadas insones,
na claridade radiosa das
manhãs,
ao sol do meio dia,
quando as sombras são curtas,
quase inexistentes.
Busco-te
nas tardes que declinam
serenas
numa explosão de cor
e embriago-me na profusão
de laranjas e vermelhos
que se entrelaçam
numa dança fluida e sedutora.
E nesse torpor extático,
Mergulho no mais profundo de
mim
e aquieto-me,
pois é lá que afinal
te encontro,
lá, onde te guardo desde
sempre
e onde te perco,
se no escuro te desencontro.
Tomada pela inquietação
que a tua ausência me
provoca,
percorro o reverso de mim
e recomeço a minha busca
incessante
numa madrugada sem fim.