sexta-feira, setembro 30, 2016
quinta-feira, setembro 01, 2016
Há em mim um poço fundo
De águas escuras e quietas,
Onde por vezes me escondo,
Quando a vida me maltrata
E ventos maus me fustigam.
Não há lá rumor de peixes
Nem um só limo à deriva,
Há um silêncio inquietante
Nessas águas tão profundas
Sem qualquer sinal de vida.
Só o meu corpo a boiar
Nesse vazio infecundo,
Na ânsia de me lavar
Da sujidade do mundo.
Imagem colhida na net.
quinta-feira, fevereiro 25, 2016
QUANDO SAIS A
MINHA PORTA
Quando sais a
minha porta
Nunca olhas
para trás,
P'ra me dizeres,
num olhar,
O motivo por
que vais
E eu fico só,
sem chorar,
Sentindo a casa
vazia
E o som da
porta a fechar.
E a dor entrou,
sorrateira,
Sem permissão
nem pudor,
Dia a dia,
devagar,
Até não mais encontrar
Espaço p'ra se
esconder.
Eu deixei que
se espalhasse
Pelos cantos
todos da casa
E do meu corpo,
também,
Até que ela,
confiante,
No meu peito
adormeceu.
Num rebate de coragem
Com as próprias
mãos a agarrei
E num abraço
sufocante
Amorosamente a
matei.
Imagem recolhida na net,
Imagem recolhida na net,
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