segunda-feira, fevereiro 17, 2020




SEM NOME

Enquanto a noite cresce
Longa e solitária,
Eu procuro, em vão,
As palavras certas,
Que possam dizer-te
O que me vai no coração,
Pois é lá que a verdade habita,
Para além do tempo e da desdita.

Procuro, mas nada encontro.
Apenas o teu nome,
Guardado na memória,
Me grita no escuro,
Rasgando o silêncio
E cantando vitória.

Mas as palavras que buscava,
Afinal estão mortas,
Esmagadas pelo esquecimento
E pela longa caminhada
E o poema, sem nome, nem estrofes,
Morre também,
Sem esperar que rompa a madrugada.

Imagem da net

18 comentários:

chica disse...

LINDA e cheia de sentimentos tua poesia! Adorei! Ótima semana! Bjs chica e tudo de bom!

CÉU disse...

Olá, querida amiga!

O poema não tem nome, mas tem um "monte" de sentimentos, e tu sabes expressá-los mto bem.
Nem sempre temos palavras à altura de um grande amor, ou então, não as conseguimos encontrar para as dizer aos outros e à pessoa amada, contudo, tu, neste teu lindo poeta, fizeste-o, de forma muito brilhante, como é teu apanágio.

As lembranças, algumas lembranças não saem da nossa mente e gostam de nos fazer sofrer, por vezes, mas temos de ser mais fortes k elas, como tu foste na última estrofe do teu post. Afinal, o que parecia que tinha ainda mta vida, já não existe. Ainda bem, em muitos casos.

Beijos e uma boa semana. Parece-me que não vai haver chuva esta semana, mas as temperaturas desceram mto em Lisboa, hoje.

Roselia Bezerra disse...

Boa tarde de paz, querida amiga!
"Eu procuro, em vão,
As palavras certas,
Que possam dizer-te
O que me vai no coração..."
É difícil achar as palavras certas em alguma ocasião.
Sempre fica algo a ser dito,mas os gestos conduzem o que o sentimento quer expressar.
Tenha dias abençoados e felizes!
Bjm carinhoso e fraterno

Maria Rodrigues disse...

Saudades, desencanto e dor, num poema que tocou o meu coração.
Beijinhos

Cidália Ferreira disse...

Fantástico!
Beijos. Boa noite!

fatimawines disse...

Olá,

As palavras abram muitos caminhos.O vento não pode levá-las todas.
O seu poema é a prova viva disso.
Nunca se procura em vão...Querer é poder.
Um abraço,

Juvenal Nunes disse...

Decorre do seu poema um pungente sentir repassado pelo cansaço da solidão.
Abraço carinhoso,
Juvenal Nunes

Ulisses de Carvalho disse...

Um nome rasgando o silêncio... Uma bela imagem tão bela quanto a imagem por ti compartilhada. Um abraço.

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

Enquanto houver um nome, há um sentimento, enquanto houver saudade há algo que ficou.
que fica para sempre.

gostei do poema cheio de sentires!

beijinhos

:)

Tais Luso de Carvalho disse...

Muito bonito teu poema 'Sem Nome' tantas verdades ditas ou pensadas no desenrolar de nossas vidas.

"E o poema, sem nome, nem estrofes,
Morre também,
Sem esperar que rompa a madrugada."

Aplausos!
bjs!

Jaime Portela disse...

Um poema muito bem conseguido, do princípio ao fim.
De tal modo que não o considero morto, porque as palavras, fazendo jus à autora, estão tão vivas como as marés...
Parabéns pela inspiração.
Querida amiga, tem um bom fim de semana.
Beijo.

Fá menor disse...

Muito belo, na desdita.
Há palavras que morrem antes de chegarem à garganta, afogadas numa espiral de silêncio sufocado.

Beijinhos.

tulipa disse...


Procuro a PAZ e não a encontro
no meu pensar
questiono
será mais importante
o amor do que a saúde?
Não tenho dúvidas em responder
para mim é a saúde!

a 18 de janeiro ainda passei em alguns blogues de amigos, 
mas depois disso não mais andei pela blogosfera, 
vários problemas juntos fizeram com que tivesse um enfarte 
e,
só agora devagar vou retomando as visitas e os meus posts, 
já tinha saudades

2020 não começou da melhor maneira, 
logo dia 13 perdi a minha prima-irmã
depois a minha hospitalização
veremos se Março vem com momentos mais positivos

entre ontem e hoje fiz posts novos
se quiser espreitar
pode ser aqui:
 
http://momentos-perfeitos.blogspot.com/ 

e, aqui:
http://tempolivremundo.blogspot.com/

embora nos outros dois blogues haja tbm posts novos,
estou a retomar 
esta actividade que me dá tanto prazer.

Beijinhos da Tulipa

Humberto Maranduva disse...

As palavras não se abrem nem se fecham
mas respiram sempre
para lá da aspereza do silêncio
da harmonia incendiada do dilema
da inquebrantável perda do sentido


Sob a rudeza da fragrância empedernida e disforme
a linguagem cavalga a cadeia significante
no pesadelo tenebroso ou no sonho ensolarado
insinuando-se vil na sua realização pura e sensual
e as palavras são imagens alinhadas como flores num jardim
à espera das carícias do jardineiro
ou tombam por terra feridas de abandono
no momento exacto do olvido

Um poema dolorosamente pungente, o seu evidentemente, que é esse que está em apreço; não sobrará uma réstea de esperança, como a que a magnífica imagem deixa supor?!
Gostei imenso desta sua preciosa inspiração
Um abraço e votos de boa semana.

A Casa Madeira disse...

Oi, por aqui hoje feriado de carnaval aproveitando para visitar blogs amigos k;
Esse mês de fevereiro é um mês curto, tanta coisa acontecendo por aqui ao
mesmo tempo...

Poema que remete a um amor arrebatador;
Daqueles que levam a alma junto.

Boa continuação de semana.
Abraços.

saudade disse...

E assim nasceu um excelente poema. Parabéns.
Bom fim de semana
Bwijo

Existe Sempre Um Lugar disse...

Olá, Poema que expede um amor arrojado com desejo.
Amiga, não a esqueci, apenas a minha vida deu um volta de tal maneira que fiquei sem tempo para aqui vir.
Desejo-lhe feliz fim de semana,

AG

Maria Rodrigues disse...

Passei para saber como está e deixar um beijinho.

Rosas

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