quarta-feira, novembro 18, 2009

DESALENTO


Eu faço versos como quem chora
De desalento...de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.
.
Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa...remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.
.
E nestes versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.
.
-Eu faço versos como quem morre.

Manuel Bandeira

16 comentários:

Ana Oliveira disse...

Baby

Um beijo a desejar um verso de encanto...sempre.

Ana

Isabel Filipe disse...

SAbe sempre bem ler um belo poema ...

beijinhos e espero que esteja tudo bem contigo

isabel

Secreta disse...

Porque a poesia é o culminar de todos os sentidos.

mixtu disse...

versar
motivos para versar...

sentires
desejos

amar...

sentir... solo

poesia

abrazo serrano y europeo

tulipa disse...

Felizmente que não é só nas grandes cidades que se nota, nos últimos tempos outra dinâmica, uma outra forma de fazer cultura.
Desta vez será em ALPIARÇA, na sua Biblioteca Municipal.

Vou montar outra exposição de fotografia.
A exposição procura divulgar o que vivenciei pelos caminhos da Índia. Tendo como ponto de partida a fotografia, faço uma reflexão através do tempo sobre imagens que descrevem a solidão dos povos e o significado do seu sofrimento bem como da sua alegria envolvida pela pobreza de géneros necessários à sua sobrevivência, a par da solidariedade e esperança de uma justiça digna.

Aos poucos vou conseguindo aquilo que quero, ou seja, esta EXPOSIÇÃO está aberta aos sábados de tarde, para proporcionar às pessoas que trabalham a oportunidade de a visitar numa tarde de sábado.

Estás convidada para a inauguração no próximo sábado, dia 21 de Novembro, pelas 14h 30m.

Conto com o apoio de todos os que me têm acompanhado ao longo deste tempo, na blogosfera.
Um abraço forte e sentido.

tulipa disse...

O poema que escolheste fala de...
desalento...
desencanto...
tristeza,
remorso
amargo e quente
angústia,
acre sabor na boca...

Não gostei de:
-Eu faço versos como quem morre.

AMIGA
vamos a arribar e ter pensamento positivo e versos mais alegres e cheios de doces emoções.
Beijinhos.

Barbara disse...

Você sempre me deixa "em xeque" com os autores que posta.
xeque ou cheque?
Tanto faz...
Um abraço.

Anónimo disse...

A tristeza sempre inspira belos versos...

mas o sol nasce todos os dias e também é bom inspirador.

Bom fim de semana

Bjinhos

Dois Rios disse...

Linda e querida Baby!

O poeta sempre chora a sua dor através dos seus poemas. Creio que ele encontre nos versos, o alento que necessita. Lindo poema de M. Bandeira!

As suas palavras, assim como os versos de um poeta, deram-me o alento de que tanto necessito.

Um terno e grato beijo,
Inês

Nevoeiro disse...

Nada se perde...
Nem a tristeza... nem a saudade... nem o desalento...

O nevoeiro é que limita o nosso espaço de visão e por vezes esconde as coisas lindas que a vida nos oferece
Não deixes que o nevoeiro esconda as coisas boas que a vida te dá.

Procura beleza mesmo naquilo que teimosamente não queres ver.
Aceita esta letra e o som desta melodia

Baby, meu bem
Sorria para mim, assim que eu sou feliz
Baby, também
Não deixe nosso amor ser infeliz
Ainda somos jovens, sei
O tempo passará vais ver
Com ele nosso amor aumentará

A vida sorrirá então
Os sonhos realidades são
Se temos um amor no coração

Para ouvir seguir por aqui

http://www.youtube.com/watch?v=_6BByBvxC_U

Luiz Caio disse...

Oi Baby!Como vai?

Não chore! Não morra! Por favor minha querida... Não faça versos!

Deixe que eu os faça para ti,
já estou habituado a morrer deste mal necessário!

TENHA UM LINDO DIA

Beijos

BETO STOCK disse...

PARABÉNS POR TUDO!!!!

Post Moderno disse...

...os dias passam
a memória fica...

Uma pessoa sem passado, é alguém sem orientação

O presente permite-nos tirar conclusões e ponderar o próximo passo a dar, enquanto o futuro é uma folha em branco.

Mas é uma folha que se quisermos a podemos reescrever

Post Scriptum:
Quem verseja tão bem,
não precisa de pedir emprestado poemas a ninguém

Nilson Barcelli disse...

O poema é fabuloso, gostei imenso.
"- Eu faço versos como quem morre."
Eu morro mesmo, custa imenso...
Querida amiga, boa semana.
Beijos.

Sonia Schmorantz disse...

Porque será que é a tristeza e não alegria que inspira os mais lindos versos?
beijos

zeladorpublico disse...

Tudo de bom, cara amiga...abcs

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