quarta-feira, agosto 19, 2015

EM CONTRAMÃO






Naquela mão cerrada
Meia dúzia de lembranças
Que não quer deixar fugir
E na garganta estrangulada
Um enxame de palavras
Que lutam para emergir.

Dentro dela um coração,
Que numa luta de gigantes,
Entre continuar a ser
E a vontade de morrer,
Bate louco, estilhaçado,
E caminha em contramão.

Imagem colhida na net

18 comentários:

Shirley Brunelli disse...

Muitas vezes, aprisionamos no coração e na garganta,
um amontoado de contradições...
Esse poema diz muito.
Grande abraço, Maré Viva!

Benó disse...

Caminhar em contramão é perigoso. Há que, urgentemente, voltar ao rumo certo. Um bom fim de semana que se aproxima, na faixa certa, espero.

Cadinho RoCo disse...

Coração estilhaçado, no mais das vezes, reage de maneira frenética.
Cadinho RoCo

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

por vezes andamos todos em contra-mão.
gostei do poema, muito.
deixo-te um sorriso enorme e um beijo em contra-mão.
:)

A Casa Madeira disse...

Tem lembranças que gostaría de esquecer kkk;
Andei na contra-mão... nem sei porque mas andei.
Bom final de semana.
Obrigada pelas suas presenças lá na casa.
Janicce.

Mar Arável disse...

Há barcos que doem

Fá menor disse...

Não devemos cerrar as mãos, mas antes abri-las e deixar livre quem nasceu para voar. Nas mãos cerradas se perde a areia por entre os dedos.

Bjs

José María Souza Costa disse...


Olá.

Não sei se a vida tem duas vias. Mas, certamente, têm lados. Um poema, agradável.

Existe Sempre Um Lugar disse...

Boa tarde, lindo poema que me fez andar em contra-mão, a foto é bela.
AG

Unknown disse...

" Entre continuar a ser
E a vontade de morrer" - lá se vai caminhando em contramão e vivendo.
abç amg

Jaime Portela disse...

Mesmo estilhaçado e em contramão, a vontade de morrer só deve ser de felicidade...
Um belo poema, gostei muito, minha amiga.
Maré Viva, tenha um bom resto de semana.
Beijinhos.

O Profeta disse...

Ouvi o vento e a música
Procurando um porto na madrugada
Ouvi a chegada de um navio
Julguei sentir uma voz amada

Meu Armando, meu amor...
Uma criança jogando lama ao meio dia
Embrenhada e perdida na alma
Com rimas colorindo pálpebras de nostalgia

Doce beijo

A Casa Madeira disse...

Olá! Passei para desejar um bom final de semana; e
dizer que já tem post novo lá na casa.
Abraços
janicce.

Manuel Luis disse...

Contradições! Tenho saudades do inverno quando estamos no verão. Quando transitar para barlavento, sei que tenho de transitar pela direita e caminhar pela esquerda. Até um dia destes.
Bj e abraços

O Profeta disse...

No embalo da tua fina pena


Às vezes é preciso acordar o silêncio da memória
Ou esperar pelo adormecimento inadiável
Com o gesto sereno e demorado da ternura
Com o acordar do amor rompendo o improvável

Passei para te desejar um radioso fim de semana

Doce beijo

Manuel Luis disse...

Andas por Maiombe? Votos para que estejas de boa saúde.
Bj

Maria Rodrigues disse...

Sentido e belo poema.
Por vezes não conseguimos fugir à "contramão" da vida.
Bom domingo
Um abraço
Maria

A Casa Madeira disse...

Não me lembro qual post que disses-tes um comentário que tuas
palavras já não fluem mais como antes ... Mas e precisa ...
cada vez que te visito vejo os poemas passados mas não deixo comentário...
Para mim; são todos novos recentes saindo do forno.
Continuação de boa semana.
Abçs.

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