segunda-feira, setembro 06, 2010

NA HORA DO SILÊNCIO


Esta casa tão vazia
Enche-se de penumbra e de tristeza
Quando o sol em agonia
 Tinge tudo de beleza 
Com as cores do entardecer.

É na hora do silêncio
Quando o ambiente se dilui
E a noite principia
Que a tua ausência se mostra, seminua,
Iluminando tudo à volta
Como se em vez de sombra
fosse lua.

Tento ignorá-la, mas em vão,
Insidiosa,
Envolve-me em seus braços de algodão 
E embala-me no colo,
Terna e caridosa,
Cantando-me baixinho,
Até eu adormecer.

Imagem recolhida na net.

22 comentários:

Eduardo disse...

"Na hora do silêncio"

Mais uma vez um excelente poema

Silêncio de ouro?
Silêncio de evasão?

No fundo, no fundo, o silêncio é como uma caravela de velas caídas querendo navegar num mar sem brisas.

Às vezes, um sorriso que o mar traz à praia e deixa num pedacinho de areia junto a um leixão cravejado de lapas.
Outras vezes, nuvens que arrastam, para nós, os sorriso e fazem com que a casa vazia se volte a encher de cor, luz e alegria embalando os nossos sonhos de crianças

Silêncios sábios?
Silêncios prudentes?

Silêncios que erguem remos, alimentam saudades e apagam mágoas

Como é lindo o silêncio quando o apaixonado fita os olhos da amada e os fazem sonhar.

Este teu lindo poema inspirou-me e também me fez sonhar

!!! Adorei !!!

Valquíria Calado disse...

boa noite minha querida... meu silencio, tão necessário quando se que escutar o coração, quando se precisa entender o vento, se ler nas nuvens, sondar as estrelas, eu entendi que não existe silencio, escutemos o coração pulsar, nosso próprio cosmo falar, cada parte nossa se comunica...existem dois momentos sagrados na quebra do silencio: a oração, e o som do amor.
Eu preciso do silencio, ele é meu cúmplice nos meus devaneios, em minhas viagens... o meu amar é feito de silencio e luz, minha paz de silencio e oração, meu viver de silencio e cantos, mas um silencio em parte, porque o total silencio nem no espaço existe... nem no fundo do mar encontra-se, muito menos no útero de uma grávida...mas a paz interior nada tem com silencio, a alegria é barulhenta, o amor é sussurrante, e o mar, este é estrondoso.... chega de silencio, grito que te amo, beijos estralado.

CA disse...

Como é lindo o seu post

Continua cheio de ternura:

Melódica
Gráfica
Poética

Sobretudo o texto do poema faz-nos vibrar o coração ao imaginarmos a cena do reencontro

Lembranças de uma ausência de mentira pois quem ama nunca se afasta. quando muito esconde-na penumbra de um raio de luz

Tudo de bom para a linda Babby e que nunca mais verta lágrimas tristes por saudades de amor

Secreta disse...

Silêncio que não conseguimos quebrar, dentro de nós.
Beijito.

Fernando Santos (Chana) disse...

Olá, bela poesia...Espectacular....
Cumprimentos

piedadevieira disse...

No embalo dos seus versos, adormeci, nem precisou de silêncio.Amei.
Beijos

Anónimo disse...

Olá Amiga!
É um poema cheio de beleza, mesmo quando refere uma situação de ausência na hora do silêncio. Mas para quem ama há sempre uma transfiguração, e o vazio é preenchido pela cúmplice dos amantes - a Lua - Então é ela a grande amante que preenche as horas do silêncio...
Parabéns!
Um beijinho.

Noribal

Anónimo disse...

Silêncio bonito!!!

Dentro do próprio diálogo o silêncio é alavanca para a construção da paz
A mais das vezes ajudar-nos-á a encontrar a melhor solução

Tal como numa pauta de música em que o silêncio é fundamental para a construção da melodia

O silêncio que, tantas vezes nos traz, o EQUILIBRIO necessário às nossas vidas; onde as modernas pulseiras ficam a anos-luz do equlibrio psíquico

Vasco da Gama, o Navegador

Dois Rios disse...

Baby querida,

Nunca li algo tão poético e suave sobre a ausência qunto o que você versou aqui.

É tão lindo que ela, a ausência, de tão dolorosa que é, transvestiu-se de lua e fez-se bela.

... a tua ausência se mostra, seminua,
Iluminando tudo à volta
Como se em vez de sombra
fosse lua.


Beijo,
Inês

tulipa disse...

OLÁ AMIGA

Que belas palavras cheias de profundidade, fiquei fascinada. Há muito que não passava por cá e adorei.
Obrigada pela partilha.
És uma pessoa com muita sensibilidade e escreves de forma divina. Parabéns.
Quero também agradecer a tua visita ao meu blog - como já regressei ao trabalho no dia 1 de Setembro, agora o tempo reduziu imenso e é difícil andar na net.

Se quiseres visitar os meus blogues, fica já a par dos temas que poderás encontrar:
Num deles já lá foste e viste que faço uma homenagem merecida a um amigo da blogosfera, pelos anos de contacto que estabelecemos e já faz parte dos meus amigos reais, deixou de ser apenas virtual.
No outro blog apresento o discurso de Winston Churchill proferido há 64 anos - mas podia perfeitamente ter sido proferido no dia de hoje, tal a actualidade subjacente ao seu conteúdo. Foi em Zurique, a 19 de Setembro de 1946.

A semana está quase a terminar, votos de excelente fim de semana.
Beijos.

Cristina Fernandes disse...

Braços de algodão que as palavras desvelam... belíssimo o poema!
Bjs
Chris

ErikaH Azzevedo disse...

O silencio disperta ausências né minha amiga, e tudo se torna tão mais perceptivel, qdo vozes calam, outros sentidos afloram de uma maneira que não esperávamos..

È tão dificil achar-se ser moradia do outro e se sentir casa vazia...tão dificil...assim é a saudade.

Meu beijo...meu carinho!

Erikah

Miguel disse...

O silencio tem 2 faces ...

Depende do nosso estado de espírito ...

Bjks da M&M & Cª!

Canto da Boca disse...

A imagem que seu texto formou em mim, foi de serenidade, paz e aconchego, tudo emoldurado por uma penumbra que protege, quando queremos só a luz do silêncio... Vai ver é o meu momento.

Baby, você é muito querida, obrigada pela ida ao Canto, adoro te ver lá.

Um beijão!

Benó disse...

Também é bom haver horas de silencio. Sossego para meditar e versejar.
Um grande abraço.

C Valente disse...

Silêncio que estou absorvendo, lindo
Saudações amigas

Vanuza Pantaleão disse...

Baby, Baby, Baby...

Nessa cadeira, sento-me e durmo ao som do silêncio.

Obrigada pela visita e um domingo de bons silêncios!!!
Tava com saudade de você! Bjssss

piedadevieira disse...

Baby, querida. Não sei por que não vejo você na minha lista de seguidores. Sinto a sua falta ali.Olha, em sua homenagem postei mais sobre Gullar. Mais um para você.
Insônia

É alta madrugada. A culpa
joga dama comigo
no entressono. Cismo
que ela me engana
mas não bispo o seu logro.
Ganho? Perco? Blefo?
Afinal, qual de nós rouba no jogo?


Beijinhos.

Secreta disse...

Passei por cá para saber de ti.
Beijito.

Nilson Barcelli disse...

A ausência é mais forte quando não temos tanto que fazer... e è a partir do entardecer que isso normalmente acontece...
Excelente poema, gostei muito.
Querida amiga, boa semana, com bons entardeceres...
Um beijo.

Sél disse...

Lindo a "Hora do Silêncio"
Vim agradecer a sua visita e comentário em meu blog .
A muito tempo que acompanho o Barlavento; não marco minha presença com comentários, mas te acompanho ^^
Que tenha uma maravilhosa semana querida
beijossss

Maria Luisa Adães disse...

Na hora do silêncio
toda a magia se manifesta.

A noite entra lentamente,
pausamente, ninguém repara nela
e o silêncio se junta à noite
e tantas coisas acontecem,

A quem sabe entender,
a quem sabe amar,
a quem sabe diluir o ser.

E o amor vai aparecer
sorridente e crente,
no seu desejo de adormecer
em braços suaves e cálidos...

Ao entardecer
se junta o silêncio
e se envolve na noite
e em nós também!

Beijos e obrigada pelo comments
que me deixou no "Fogo"...

Belo e romântico
seu poema!

Maria luísa

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