domingo, maio 30, 2010

BARQUINHO DE PAPEL

Nesta manhã de céu azul, fui à praia e o azul do céu fazia mais azul o azul do mar...então fiz um barquinho de papel igual aos que fazia quando era criança e resolvi carregá-lo com mil recordações que me pesavam na alma e sentindo-me mais leve, corri a lançá-lo à água, enquanto me vinha à lembrança o belíssimo poema de 

CECÍLIA MEIRELES :


Pus o meu sonho num navio
e o navio em cima do mar;
- depois, abri o mar com as mãos,
para o meu sonho naufragar


Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre de meus dedos
colore as areias desertas.


O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho, dentro de um navio...


Chorarei quanto for preciso,
para fazer com que o mar cresça,
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça.


Depois, tudo estará perfeito;
praia lisa, águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras
e as minhas duas mãos quebradas.


Imagem da Web

16 comentários:

Patricia disse...

precioso! quién no ha hecho un barquito de papel alguna vez?
besitos.

Valquíria Calado disse...

OLÁ QUERIDA AMIGA, QUE BOM UM PASSEIO NA PRAIA, E ABRA SIM CAMINHOS PRO SONHO... TE DESEJO UMA PRAIA DE MUITO SOL, E UMA SEMANA DE BASTANTE ALEGRIAS.

Benó disse...

Que belas recordações dos barquinhos de papel.Ah, se eles conseguissem levar para longe todas as lembranças que atormentam o coração?
Uma boa semana.

ErikaH Azzevedo disse...

Linda associação querida...e que sensibilidade lembrar do poema....O poema é lindo mas não jogo meus sonhos no mar...sou mais de jogar na terra, regar com fé e deixar brotar...

Bjos minha linda.

Erikah

Dois Rios disse...

Linda Baby!

Tudo tão "amarradinho" nesse teu post! Uma imagem que nos remete aos sonhos infantis, ainda que a missão do barquinho seja a de levar para bem longe o peso das más recordações. Tudo isso aliado aos maravilhosos versos da nossa Cecília.

Um primor, minha querida!

Beijos meus,
Inês

Ana disse...

O mar pode guardar todas as dores e transformá-las em esperança !
Adoro esse poema de Cecília Meireles! obrigada!
Um beijo para ti *

tulipa disse...

OLÁ AMIGA

Não sabes, Amiga,
como estou triste,
por não ter estado contigo:
uma única oportunidade por ano
e...mesmo assim, nada!!!

Estou rodeada de silêncio
fecho os olhos,
e...deixo-me levar
pela melancolia das horas,
do tempo que passa...
e, eu só, muito só...

Beijos da Tulipa

mixtu disse...

barquinho
papel
navegando
salteando... ondas

mares...

navegando

levando cartas,.,,

flores...

abrazo serrano

Anónimo disse...

Olá Querida Amiga!

Poema muito lindo!
O mar e os barquinhos de papel são a ternura da nossa alma. Eles servem para exprimir saudade e amor.
Mais poderia escrever, mas o meu Pc está a falhar. Não te admires. Vou tentar remediar o assunto.

Beijinhos

Noribal

Secreta disse...

Os barquinhos, o azul do mar a confundir-se com o azul do céu... Magnifico.
Beijito.

piedadevieira disse...

Ai, que lindo esse barquinho!Quanta poesia vi dentro dele!E ainda vem recheado com Cecília Meireles, é demais de bonito!

Vanuza Pantaleão disse...

Baby, querida!
Obrigada por suas meigas palavras e por esse carinho que transborda de ti.
Olha, eu tenho guardado um Poema inédito da Cecília e assim que voltar das férias [estou fora de casa] vou postá-lo por lá. É lindoooooo.
Que Mestra Maior a nossa Cecília!
Eu também costumava fazer meus barquinhos e nele navegava na minha imaginação infantil.
Adorei o fundo musical...
Beijos e carinhos!!!

Nilson Barcelli disse...

Gostei do teu barquinho de papel...
E do poema da Cecília Meireles.
Querida amiga, bom feriado.
Beijos.

vieira calado disse...

Boa!

Já foi à praia!

Eu ainda não.

E agora tenho o carro avariado.

Posso ir a pé para a "Batata"
(a praia da minha juventude),

mas acho que estará cheia demais
para o meu gosto...

Desejo-lhe bom fim de semana

com sol...
e praia.

Bjs

Luiz Caio disse...

Oi Baby!Como vai?

A recordação é passado,
mas o sonho, o sonho é o futuro... Que ele nunca desapareça!

TENHA UM LINDO DIA, E UMA ÓTIMA SEMANA!

Beijos.

Anónimo disse...

E o barquinho de papel sulcou ondas por mares e oceanos indo finalmente aportar às águas azuladas e tranquilas da da Meia Praia onde encontrou uma linda sereia que se deliciava a escrever na areia o lindo poema de Cecília Meireles

CA

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